quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Trip nº 1 - Częstochowa - Auschwitz - Krakow - Wieliczka

O fim de semana passado tivemos a primeira viagem por terras polacas. O programa era bem recheado, talvez recheado demais para apenas dois dias de visita. A viagem foi organizada pelo curso de línguas o que nos deu direito a guias turísticos em todo lado e entradas gratuitas em todos os lugares visitados além de não termos que pagar nada pelo autocarro.

Primeiro destino: Częstochowa

Talvez este nome não diga grande coisa a muita gente, mas é um santuário cristã tão conhecido por estes lados como o santuário de Fátima em Portugal visitada por diversos papas. É conhecido por possuir uma pintura da Black Madonna. Estava recheado de autocarros com excursões vindas de todo o lado muito ao estilo de Fátima. Um local muito tranquilo com uma igreja lindíssima e sinceramente o que mais me surpreendeu foi a quantidade de jovens que se encontravam por ali. Centenas e centenas, uns organizados em grupos enormes, outros em grupos mais pequenos e alguns sozinhos. De realçar a postura dos turcos que se encontram aqui connosco aos quais lhe foi dada a oportunidade de decidir se queriam entrar no santuário ao que responderam afirmativamente. Manteram sempre o máximo de respeito e admiração por tudo.





Segundo destino: Aushwitz

Este era com toda a certeza o destino mais aguardado por toda a gente, até porque grande parte dos 41 elementos pertencentes ao grupo nunca tinha estado naquele local. É um local que não permite que muito seja dito, pois nenhuma palavra expressa verdadeiramente o que se quando se pisa um local onde morreram 1 milhão e meio de pessoas. Continua-se e continuar-se-á a sentir para sempre uma atmosfera pesada, mas sinceramente o que mais me impressionou foi o museu com a montanha de artigos pessoais dos judeus, desde malas, óculos, escovas de dentes, sapatos, etc. Havia também uma secção enorme com sapatos de criança. Não pudemos fotografar esta parte do museu. A própria guia denotava um ar pesado enquanto nos explicava tudo o que se tinha passado em cada local. Visitámos os dois principais campos de concentração: Aushwitz I e Aushwitz II (Birkenau). Achei o segundo mais impressionante especialmente pelo tamanho. Uma nota negativa: cruzamo-nos com uma excursão de portugueses de terceira idade que além de serem imensamente barulhentos (toda a gente mantinha o silêncio excepto eles) não paravam de tirar fotos em sítios onde era proibido tirar fotos... Enfim...



Terceiro destino: Krakow

Cracóvia é a cidade mais turística da Polónia. Sente-se aquele frenesim típico das cidades turísticas cheias de animação de rua e com um monte de gente de máquina fotográfica ao peito. É uma cidade cheia de monumentos, com uma arquitectura lindíssima, uma montanha de igrejas e muito bem organizada. Terá contribuido para isto o facto de não ter sido atacada durante a segunda guerra mundial, já que as tropas alemãs mantinham ali uma das suas principais bases. Tivemos todo o dia connosco uma guia que nos levou aos principais pólos de atracção o que culminou com uma visita ao ponto mais alto da catedral (a torre onde se encontram os sinos) onde pudemos saborear uma fantástica paisagem.



Quarto destino: Wieliczka

Este era provavelmente o destino que menos dizia a cada um de nós. Se calhar foi por isso que mais nos surpreendeu... A Wieliczka é uma mina de sal que está em actividade há 7 séculos e que tem um aproveitamento turístico fenomenal. Após termos descido 350 escadas numa espécie de caracol pudemos contemplar enormes cavernas totalmente escavadas nas rochas com encenações protagonizadas por figuras mecânicas simulando todo o trabalho existente na mina. Se já nos encontrávamos estupefactos com tamanha beleza eis que damos com um enorme salão. É a maior igreja no interior de uma gruta do mundo. Tem a particularidade de estar toda esculpida (Imagens de santos, quadros, o próprio altar). Foram precisos 70 anos para completar aquela obra que foi sem dúvida das coisas mais bonitas que já vi na minha vida. Vagueando por túneis estreitos, acompanhados por lagos ou vertiginosas ladeiras esculpidas na rocha pelo tempo, fomos ao encontro da parte final da gruta, um fantástico restaurante (também debaixo de terra) e uma pequena zona com algumas lojas. Segundo nos disse a guia, são efectuados ali anualmente diversos casamentos e até mesmo concertos. Foram duas horas fantásticas, e espero voltar um dia àquele espaço. Aconselho a toda a gente que um dia venha pra estes lados. Podem dar uma espreitadela no site oficial.


2 comentários:

Anônimo disse...

Já que o comentario ao primeiro post nao funcionou, aqui vai um comentário a este! Tenho lido com atenção as tuas aventuras aí pela Polonia, fogo que sorte tu tens pá! Dá para ver que te estas a divertir mesmo muito, e olha q eu e a Leny ainda te vamos aí aparecer, nem que seja pela cerveja tão barata que por aí há;)
Beijooooos

Anônimo disse...

Ola amigo, estou impressionada com as tuas aventuras e visitas por esse país. Vejo que tens aproveitado bué e que te tas a divertir imenso. Continua com os teus post tão muito fixes e assim seguimos as tuas aventuras por esses lados.
Beijocas e fica bem.